INFORMAÇÕES SOBRE DOENÇAS

Uma consulta médica completa é imprescindível mediante qualquer uma das
doenças otorrinolaringológicas abaixo.


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Zumbido significa perceber um som que não está sendo gerado no meio ambiente naquele momento. É um sintoma bastante freqüente. Ainda não sabemos sua prevalência no Brasil, mas se extrapolarmos os dados internacionais para nossa população é possível que cerca de 28 milhões de brasileiros já tenham tido alguma forma de zumbido.
Muitas doenças podem causar o zumbido e mais de uma causa pode estar presente no mesmo indivíduo. Por isso, é de fundamental importância descobrir a causa do zumbido através da avaliação do médico otorrinolaringologista. Curiosamente, mesmo quando não há doenças graves, o zumbido pode prejudicar a qualidade de vida do indivíduo e de seus familiares.

Muitas causas de zumbido são conhecidas sendo que algumas são fáceis de identificar e tratar:
a) Otológicas: cera no conduto auditivo , otites, exposição a ruído, perda auditiva, labirintopatias, otosclerose.
b) Metabólicas : diabete, alterações nas taxas de trígliceridios e hormônios tireoideanos.
c) Cardiovasculares: anemia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca.
d) Neurológicas: doenças neurológicas (esclerose múltipla), traumatismo de crânio, sequelas de infecções neurológicas (meningite).
e) Farmacológicas: o American Physician’s Desk Reference lista mais de 70 medicamentos que podem ocasionar zumbido, entre eles: ácido acetilsalisílico (aspirina), anti-inflamatórios, certos antibióticos, alguns antidepressivos e drogas ototóxicas (quimioterapia).
f) Odontológicas : disfunção da articulação temporomandibular (ATM) e do aparelho mastigador.
g) Vícios e maus hábitos alimentares: excesso de cafeína, álcool e fumo, sal, açúcar branco e gorduras.
h) Psicológicas: ansiedade, estresse e depressão podem estar envolvidas com zumbido. Muitas vezes é difícil diferenciar o que é causa ou consequência.
i) Zumbidos gerados por estruturas próximas ao sistema auditivo: são causadas por alterações nos vasos arteriais ou venosos, nos músculos ou na tuba auditiva. São divididos em vasculares (pulsáteis) e musculares. As principais causas são os tumores vasculares, as malformações vasculares, as contrações rápidas (involuntárias, rítmicas) de um ou vários grupos musculares.

A consulta com o médico otorrinolaringologista é o primeiro e o mais importante passo no diagnóstico. O tipo de zumbido, a maneira como é relatado, o desconforto que produz podem ser informações úteis na avaliação, sugerindo as prováveis causas. Após o exame físico, o médico solicita exames complementares: audiológicos, laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem, de acordo com cada caso.
As informações obtidas da história e dos exames poderão determinar o diagnóstico etiológico (causa). Sabendo a causa aumenta a possibilidade de obter melhores resultados, pois vai ser possível tratar de modo específico a doença da qual o zumbido é apenas um sintoma. É claro que isso nem sempre é possível, mas com certeza as chances serão bem melhores do que ficar pensando “zumbido é tudo igual... é muito difícil..., não tem cura... não há nada que se possa fazer...”.

Alguns casos de zumbido têm cura, enquanto outros casos são controláveis. Há o estigma de que o “zumbido não tem cura”. A maioria dos pacientes e profissionais acabam desanimando, sem que a possibilidade de cura seja avaliada. Tentar tratar, mesmo na incerteza, nunca é errado.
Se a causa do zumbido for determinada e tratável, a solução é mais simples. Porém se não é possível atuar na origem do problema, existem outros caminhos para amenizar o ruído.
1-Tranquilizar o paciente: Dizer que o zumbido não é uma ameaça para a saúde. Assegurar que dificilmente vai piorar, pelo contrario, a tendência é melhorar. Incentivar a prática de medidas que promovem qualidade de vida: alimentação regrada, atividade física regular e equilíbrio psíquico. Palavras esclarecedoras e confortantes visam o desaparecimento da reação ao zumbido e a perda de sentimentos negativos associados.
2-Correções de vícios e hábitos alimentares: não fumar, ingerir cafeína e álcool moderadamente, evitar sal em excesso, doces e gorduras.
3-Medicamentos: vasodilatadores diretos, reguladores de fluxo sanguíneo, anticonvulsivantes, ansioliticos, antidepressivos.
4-Terapia de habituação: é uma terapia comportamental um retreinamento das vias auditivas (Tinnitus Retraining Therapy – TRT). Visa o desaparecimento da reação ao zumbido e a perda de sentimentos negativos associados.
A proposta da TRT é que o paciente aprenda a tratar o zumbido da mesma forma como trata o som da geladeira da cozinha, por exemplo, o qual geralmente não se percebe, e quando é ouvido não causa incômodo.

A TRT ajuda o paciente a modificar os reflexos envolvidos nas conexões do sistema auditivo com os sistemas límbico (que controla as emoções) e nervoso autônomo (que controla as reações), treinando a parte subconsciente das vias auditivas centrais a bloquear a chegada do sinal do zumbido até o córtex.
Consiste de dois princípios básicos:
a-Esclarecimentos e orientações: através de conversas, palestras, reuniões, trocas de experiência.
b-Enriquecimento sonoro: o principio básico é “EVITE O SILÊNCIO”. A finalidade é proporcionar um enriquecimento sonoro que pode ser feito através de quatro meios diferentes:
Uso de sons ambientais: é a maneira mais acessível e deve, de preferência, usar sons neutros, baixos e contínuos. Ex: Cds com som da natureza, músicas suaves, etc.
Geradores de som: esteticamente semelhantes aos aparelhos auditivos.
A intensidade do som que eles emitem diretamente no canal do ouvido, deve ser regulado em intensidade menor do que a do zumbido, evitando-se mascará-lo, para seguir os preceitos determinados pela TRT. É um tratamento longo (12 a 18 meses) e requer o uso de um gerador em cada ouvido.
Aparelhos de amplificação sonora individual: frequentemente pacientes com zumbido apresentam também perda auditiva. Nestes casos, um aparelho auditivo pode ser utilizado para melhorar a audição e fazer o enriquecimento sonoro pela entrada de novos sons que antes não eram tão percebidos.
Gerador de som acoplado ao aparelho auditivo: são sistemas combinados que podem ser usados nos casos de perdas auditivas significativas e zumbido. São casos em que o acompanhamento de aparelhos facilita o processo de habituação.

American Tinnitus Association (ATA): http://www.ata.org/

The International Tinnitus Journal On-Line: http://www.tinnitus.com/

The Tinnitus and Hyperacusis Site: http://www.tinnitus.org/

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, existe cerca de 15 milhões de pessoas com problemas auditivos no Brasil. Nos EUA, estima-se que 25% das pessoas com idade entre 65-75 anos e 70-80% das pessoas acima de 75 anos sofrem de deficiência auditiva neurossensorial associada ao envelhecimento (conhecida como presbiacusia). De acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial de Saúde, existe um total de 24,5 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, o que significa 14,5% da população total. A principal causa de perda auditiva na população idosa é a presbiacusia, que é decorrente do envelhecimento e é irreversível. Em geral, a perda auditiva traz dificuldades para comunicação podendo levar o idoso ao isolamento e a depressão. A utilização de próteses auditivas (aparelho auditivo) tem um papel importante na reabilitação destas pessoas. A prevenção dos problemas auditivos começa desde a infância e se estende até a terceira idade. A avaliação auditiva é simples e pode ajudar no diagnóstico precoce e na introdução de medidas preventivas, orientações e tratamento.
A audição (demonstração em animação e orelha artificial)
A orelha (e não ouvido) é o órgão responsável pela audição e pode captar sons nas freqüências de 20 a
    20.000Hz. A orelha é dividida em três partes:
Orelha externa composta pelo pavilhão auricular e pelo conduto auditivo.
Orelha média contém a membrana timpânica (ou tímpano) e três ossinhos: o martelo a bigorna e o estribo, que
    recebem estes nomes devido a suas formas. Eles estão interligados e transmitem o som para orelha interna
    por meio de vibrações.
O martelo mede cerca de 8 mm, o estribo cerca de 2 mm. Sustentada por músculos e ligamentos, a cadeia
    ossicular está disposta em forma de alavanca, o que resulta em ganho auditivo de cerca de 2,5dB. Estes
    músculos podem restringir os movimentos da cadeia ossicular, protegendo a orelha interna contra os sons
    intensos. Este mecanismo é fatigável, limitando a sua proteção com sons intensos e prolongados. Um destes
    músculos é o menor do corpo humano, com 7 a 8 mm, é o musculo estapédio.
Orelha interna contém a cóclea, que tem forma de caracol preenchida por um líquido. Ela é composta por células
    sensoriais, que transforma as vibrações em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo
    auditivo. Estas células também amplificam o estímulo sonoro. O labirinto é o órgão que participa do equilíbrio e
    também faz parte da orelha interna.
No cérebro estes impulsos são analisados e interpretados, é o que chamamos de processamento auditivo.

A perda auditiva é a redução temporária ou permanente, parcial ou total da capacidade de perceber ou compreender os sons. A perda auditiva mais comum nos idosos é a presbiacusia, que é aquela decorrente do envelhecimento. A prevalência da presbiacusia na população com mais de 65 anos pode variar de 30 a 60%. Acredita-se que a presbiacusia tem início aos 20/30 anos de idade e começa a manifestar-se clinicamente aos 40/50 anos. A segunda causa é a perda auditiva induzida por ruído, que ocorre após exposição prolongada a ambientes barulhentos, acima de 85 decibéis (indústrias, máquinas, músicas, telefonia...). Atualmente, com as medidas de proteção cada vez mais rigorosas, este tipo de problema tem diminuído.
Os principais fatores de risco para desenvolvimento de perda auditiva no idoso são: predisposição genética (antecedente na família), exposição a ruídos, diabetes, tabagismo, doenças cardiovasculares, exposição a alguns agentes químicos e medicações ototóxicas.
A perda auditiva no idoso pode dificultar a comunicação e resultar em isolamento social, frustação, raiva, medo e depressão. O preconceito e a falta de informação fazem com que as pessoas demorem em média seis anos para procurar ajuda. A demora no diagnóstico pode agravar o problema e dificultar o tratamento.
Alguns indícios de perda auditiva são:
• Pedir para as pessoas repetirem o que foi dito
• Aumentar o volume da televisão ou rádio
• Dificuldade para entender ao telefone
• Fingir que entendeu a mensagem
• Evitar reuniões sociais
• Diminuir a participação em conversas
• Presença de apitos ou zumbido

O primeiro profissional que deve ser procurado é o otorrinolaringologista (otorrino). Após identificar as principais dificuldades ele vai avaliar a presença de acúmulo de cera no conduto auditivo, infecções e outras lesões que podem atrapalhar na audição.
O exame que avalia a audição é a audiometria e é realizada pelo fonoaudiólogo. Este exame avalia a capacidade de ouvir nas diversas frequências. O grau da perda auditiva é classificada em leve (26 a 40 dB), moderada (41-55 dB), moderadamente severo (56-70 dB), severo (71-90 dB) e profundo (acima de 91 dB); o tipo em condutiva, sensório-neural e mista. A avaliação do processamento auditivo é um exame que analisa como o cérebro lida com as informações sonoras e é muito importante naqueles que possuem dificuldade para compreender a fala.

O tratamento geralmente é direcionado para a causa da perda auditiva. Muitas vezes, a simples remoção de cerume ou uso de antibióticos podem resolver o problema. Mesmo quando esta é irreversível podemos utilizar a prótese auditiva, que tem tamanho e modelo determinado pelo tipo e grau de perda auditiva de cada paciente. O avanço da tecnologia digital e o surgimento de novos recursos nos aparelhos auditivos têm facilitado a sua adaptação.
Atualmente o treinamento do processamento auditivo (central) tem ajudado as pessoas com problemas auditivos, tanto na adaptação por conta da privação auditiva, como em readquirir habilidades de detecção, discriminação e localização da fonte sonora.
Nos casos de perda auditiva severa e/ou profunda, mesmo a prótese mais potente muitas vezes não consegue suprir as necessidades auditivas desses pacientes, pois estes não apresentam uma reserva coclear suficiente para que possam alcançar limiares auditivos capazes de discriminar os sons da fala e compreender sentenças em formato aberto. Nessas hipóteses a segunda opção é o implante coclear.
O implante coclear é um dispositivo eletrônico inserido cirurgicamente no órgão auditivo, que faz a função das células ciliadas lesadas ou ausentes produzindo um estímulo elétrico às fibras remanescentes do nervo auditivo. Dentre todos os pacientes implantados, certamente os idosos compõem a faixa etária de menor incidência de operações realizadas, totalizando apenas 3,33% dos pacientes. Isto se deve ao receio da cirurgia, por se tratarem de pacientes idosos, e principalmente pela falta de informação. Os pacientes idosos, usuários de implante coclear, apresentaram ganhos auditivos relevantes com significativa melhora na compreensão em contexto aberto e no uso de aparelhos telefônicos.
A participação dos familiares é muito importante na reabilitação do idoso com perda auditiva. Alguns cuidados e orientações trazem grande benefício para estas pessoas:
• Falar pausadamente e olhando de frente para a pessoa com dificuldade auditiva.
• Falar pouco mais alto, SEM gritar.
• Caso a pessoa não compreenda bem, repetir o que foi dito empregando algumas palavras diferentes para aumentar a chance de compreensão.
• Não falar gritando de outros aposentos da casa.
• Orientar a procura de um especialista.

A prevenção é importante em todas as fases da vida. Predominantemente, na infância devemos tratar adequadamente as infecções de ouvido. Na adolescência, evitar o uso de aparelhos sonoros (MP4 e etc) muito altos e por tempo prolongado. No idoso, tratar adequadamente as doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares, colesterol entre outras.
Não pingar nenhuma medicação no ouvido sem orientação médica, tão pouco remédios caseiros. Não usar objetos para coçar ou limpar a orelha e fazer a remoção da cera (lavagem ou outro método) apenas com o otorrino, que é o único profissional capacitado.
Como limpar os “ouvidos” (orelhas)? A cera é uma proteção do ouvido e é normal e saudável termos uma camada de cera revestindo o conduto auditivo. O cerume é formado por descamação, secreção sebácea e de glândulas ceruminosas, possui imunoglobulinas e lisozimas, substâncias que atribuem propriedades antibacterianas e antifúngicas. A limpeza deve ser feita com o dedo com o auxílio de uma toalha ou pano, apenas aonde o dedo alcançar. O uso de objetos ou haste flexíveis com algodão pode empurrar a cera para dentro e provocar lesões.

Rinite é uma inflamação das mucosas do nariz. Várias pessoas têm a doença, cuja incidência é de 4 em cada 10 pacientes, tanto adultos quanto crianças. As causas são várias: desde resfriados, produtos químicos, irritantes, até medicamentos e alergia. Seus sintomas são muito parecidos entre todos os tipos, levando as pessoas a pensar que rinite é um resfriado que não passa ou uma ”sinusite” acompanhada de dor de cabeça crônica.
Você pode ter rinite quando:
Tem vários espirros em sucessão, especialmente pela manhã;
Seu nariz escorre e fica obstruído;
Ocorrem irritação e coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca;
Seu olfato fica prejudicado;
Tem dores de cabeça juntamente com outros sintomas destes já mencionados.
Os sintomas de todas as rinites são muito semelhantes: geralmente ocorrem obstrução nasal (nariz entupido),
    prurido (coceira no nariz), rinorréia (nariz escorrendo) e espirros. O indivíduo acredita estar sempre com
    resfriado, tem sensação de dor de cabeça (cefaléia) que aparece com as mudanças de temperatura e umidade
    e quando entra em contato com agentes alérgenos ou irritantes, como fumaça, produtos químicos ou perfumes.
    Lugares frios e úmidos favorecem o aparecimento da rinite na medida que se usam mais cobertores e roupas
    de lã e o sol aparece por menos tempo.

A rinite medicamentosa é muito freqüente, pois as pessoas usam medicamentos no nariz sem orientação médica, ignorando os riscos que estão correndo. Muitos medicamentos usados no nariz podem causar rinite, ao invés de curá-la.
A rinite irritativa é comum nas grandes cidades, em locais muito poluídos e com agentes irritantes na atmosfera. Os sintomas podem acontecer em pessoas que trabalham sem usar máscaras em fábricas onde são manipulados materiais industriais ou em ambientes com muita poeira, ou que trabalham com tecidos. As crianças que estudam em locais poluídos, ou locais que estão em reforma, podem ter rinite irritativa.
A rinite vasomotora é também comum em ambientes poluídos, mas podem acontecer em outras áreas. Quem tem rinite vasomotora pode apresentar os sintomas quando fica nervoso ou quando está cansado ou com estresse (stress).
A rinite alérgica é muito comum, especialmente em cidades grandes, cujo ambiente é poluído e onde a poeira doméstica é abundante, e em locais úmidos, com mofo.
Muitas substâncias podem causar alergia como a poeira de casa, pólens e alguns alimentos. Aqui no Brasil, a poeira domiciliar é o fator mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e organismos microscópicos que são chamados ácaros (família dos aracnídeos).
O principal fator da poeira que causa alergia é o ácaro. Existem vários tipos de ácaros, e o que mais freqüentemente esta relacionado à alergia é o Dermatophagoides ssp., que significa, aquele que se alimenta de pele. Esse é o seu nome, pois uma de suas fontes de alimentos é a descamação da pele. No colchão de nossas camas e nos móveis estofados que existem em nossas casas, encontramos muita descamação de pele e é exatamente por essa razão que, nesses locais, existe grande quantidade de ácaros, aracnídeos que vivem nas camadas profundas dos tecidos, abraçados as fibras. Ácaros não são capazes de viver sobre uma superfície lisa, por exemplo, em paredes.

A rinite da gestante, a rinite do idoso, a rinite gustativa e a rinite do esportista são tipos bem especiais. São mais raras que as outras, mas não deixam de ser importantes. Existem mulheres que têm obstrução nasal somente durante a gravidez, sem nunca a terem apresentado antes de engravidar. Depois que a criança nasce, o problema termina. Os idosos têm uma rinite especial, que os mantêm com o nariz escorrendo (rinorréia) constantemente, sem parar. Este mesmo sintoma aparece em algumas pessoas, de todas as idades, quando se alimenta, especialmente de comidas com temperos fortes e apimentados (rinite gustativa). Outras têm obstrução nasal quando praticam esporte, o que as atrapalha muito, obrigando-as a tratar a rinite para poderem prosseguir adequadamente com o esporte.

A maioria das rinites tem cura, principalmente a medicamentosa e a irritativa. Todas têm tratamento. A rinite alérgica, a vasomotora, a do idoso, por exemplo, têm tratamento mas não têm cura. É muito importante que você saiba que, apesar disso, é possível viver sem sintomas, como uma pessoa normal, bastando que essas afecções sejam tratadas corretamente.
Quais as causas de piora da rinite?
Quanto mais se entrar em contato com as substâncias que causam irritação, maiores serão os sintomas. Os agentes irritantes da atmosfera poluída são prejudiciais, assim como substâncias químicas e produtos de limpeza. Fumaça de cigarros, inseticidas, tintas, combustíveis e até perfumes são nocivos. No caso de rinite alérgica, os sintomas surgem quando a pessoa entra em contato com os alérgenos (substâncias às quais é alérgica). A rinite do idoso piora quando ele se alimenta com comida condimentada, e a do esportista, quando pratica esporte. A rinite medicamentosa surge quando são usados medicamentos que fazem mal ao nariz.

Algumas medidas de controle do Ambiente podem melhorar ou prevenir os sintomas da rinite alérgica.
O quarto é o local mais importante pois nele você passa em torno de 8 horas do dia e é o ambiente mais contaminado por ácaros.

O objetivo é reduzir a sua exposição aos fatores desencadeantes da alergia:

1-Evite contato com pó, mofo, pólen, pêlos e penas de animais.
2-O quarto de dormir deve ser bem ventilado e ensolarado. Colocar edredon e travesseiro ao sol uma vez
por semana.
3-Evitar travesseiro e colchão de paina e pena. Usar os de espuma, fibra ou látex, sempre que possível envoltos
 em material plástico (vinil) ou em capas impermeáveis aos ácaros. Recomenda-se limpar o estrado da cama 2
vezes ao mês.
4-Camas e berços não devem ser justapostos à parede.
5-Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, tapetes, cortinas e caixas de papelão no quarto de dormir.
6-Use edredon (desde que não seja de penas) no lugar do cobertor de lã.
7-Combater o mofo e a umidade, principalmente no quarto de dormir. Verificar periodicamente as áreas úmidas da casa, como banheiro (cortinas plásticas do chuveiro, embaixo das pias etc.). A solução de acido fênico entre 3% e 5% pode ser aplicada nos locais mofados, até a resolução definitiva desta umidade.
8-Evitar o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns. Passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais.
9-Evitar animais de pelo e pena.
10 Evitar inseticidas e produtos de limpeza com forte odor. Dar preferência as pastas e sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha. Evitar talcos, perfumes, desodorante, principalmente na forma de sprays.
11-Não fumar e nem deixar que fumem dentro da casa e do automóvel.
12-Roupas e cobertores devem ser lavados e secados ao sol antes do uso. Evitar banhos extremamente quentes. A temperatura ideal da água é a temperatura corporal.
13-Dar preferência à vida ao ar livre. Esportes podem e devem ser praticados.

14-O local de trabalho merece atenção: Assim como no quarto de nossa casa, passamos várias horas em nosso local de trabalho. Por isso, devemos dar especial atenção a este ambiente também, tomando as seguintes providências:
• Use máscara, quando indicado.
• Evite respirar gases.
• Tome bastante água durante o serviço. O ar condicionado seca o ambiente.
• Evite a fumaça de cigarros.
• Incensos e produtos para odorização de ambientes devem ser evitados.

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